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Navegando Artigos de Periódicos por Autor "Ferrarezi Junior, Celso"
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Item A construção do boletim de ocorrência sob a perspectiva da filosofia da Linguagem: a questão da subjetividade(Atena, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Damasceno, Ana CrhistinaO presente texto apresenta como uma de suas principais funções elucidar a relevância da linguagem como um fator fulcral na construção e na definição dos sentidos expressos no inquérito policial, mais precisamente no detalhamento e na exposição das provas interpretativas. Em tais documentos, se constatam vinculações e relações de sentido na interface entre linguagem e o respectivo discurso utilizado seja ele direto, indireto ou indireto livre. Foi utilizada a metodologia baseada na revisão bibliográfica e da análise documental, aparecendo diferentes autores do ramo da linguística e sendo que as ideias de Bakhtin e Volóchinov ganham relevo em nossa análise. A pesquisa detém cunho qualitativo. Ao final, apresentamos a relação entre linguagem discursos e a construção de sentidos, bem como a aplicabilidade dessas análises no âmbito do inquérito policial, destacando que a linguagem sempre nasce a partir de uma relação vivencial entre os entes sociais.Item A materialização em boletins de ocorrência: relação entre emergência de sentidos e escolhas lexicais nas práticas de violência doméstica(Cuadernos de Educación y desarrolo, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Azevedo, Nadia Pereira da Silva Gonçalves de; Ferrarezi Junior, CelsoCom a emergência da Lei Maria da Penha, em 2006, fica latente a importância de combater a violência doméstica no âmbito judicial. Para isso, é fundamental a composição de Boletins de Ocorrência (BO) claros no registro da agressão sofrida pela mulher. Entretanto, contradizendo as diretrizes do direito penal, a elaboração desses documentos não está isenta de subjetividade e, portanto, é possível rastrear as marcas do sujeito-escrivão e suas filiações ideológicas a respeito da violência doméstica e da vítima. Esse artigo, então, centra-se na subjetividade da autoridade policial no processo de retextualização do discurso relatado. Para isso, foi observada no campo das escolhas lexicais no ateremos aos verbos selecionados pelo sujeito escrivão na elaboração dos BO, haja vista que o uso dos verbos é um traço linguístico de sua filiação político-ideológica. Utilizou-se a Análise do Discurso Francesa como aporte teórico-metodológico do trabalho e a Teoria das Valências como suporte para sustentação da relevância do verbo enquanto elemento organizador da/de frase do ponto de vista sintático, mas, sobretudo, como um elemento organizador do discurso, foram selecionados três boletins de ocorrência que demonstram três diferentes filiações ideológicas a partir das escolhas lexicais. Observou-se que o uso de verbos pode colaborar para a circulação de sentidos sobre a violência doméstica que a combatam, mas também pode reafirmar significações que desloquem a mulher da posição de vítima e desqualifiquem a agressão sofrida como tal.Item Da BNCC ao projeto de ações interdisciplinares: (ensino – pesquisa – extensão na educação básica)(Revista Linguística, 2021) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Souza, Elizângela Ataíde deO presente texto se constitui a partir do Projeto e Grupo de Pesquisa Práticas Discursivas na Amazônia – PDA, campus Cacoal-RO. Projeto este que deu um novo olhar às perspectivas no ensino, pesquisa, extensão no Ensino Médio na Região Norte do país, especificamente, no estado de Rondônia, município de Cacoal. Nos anos de 2015-2018 o projeto atendeu um quantitativo de 13.880 alunos de 9 municípios, bem como a colaboração de 77 instituições de ensino; entre elas: a Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ; Universidade Federal de Alfenas-UNIFAL; Universidade Federal do Amazonas-UFAM e Universidade Estadual do Amazonas-UEA e Escolas da Rede Estadual de Ensino de Rondônia e Mato Grosso.Item Sobre os conceitos de sujeito: algumas implicações nos estudos de linguagem(IV Congresso Brasileiro sobre Alfabetização, Linguagens e Letramentos, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Damasceno, Ana Christina de SousaO presente texto centraliza-se em diversas abordagens linguísticas e psicológicas sobre o sujeito e busca respostas numa perspectiva de olhares múltiplos que se diversificam em sua referenciação teórica. O texto apresenta o sujeito como materialidade na língua[gem], materialidade esta que se manifesta nas diversas funcionalidades da língua. Retoma, por conseguinte, os principais conceitos base sobre o sujeito para verificar em que medida o sujeito materializado no eu discursivo é interpelado pela ideologia e por que razões não se pode considerar que esse sujeito seja plenamente consciente de sua formação, isto pela falta imanente que lhe constitui como essência material na língua[gem], mas nem sempre como essência volitiva da autoria.Item The construction of the occurrence report from the perspective of the philosophy of language: the question of subjectivity(Atena, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Damasceno, Ana Christina de SousaItem Violência contra a mulher no telejornalismo: análise discursiva de uma mesma notícia em dois veículos com filiações distintas, mas não tanto...(RE-UNIR Revista, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Damasceno, Ana Christina de SousaEm uma sociedade patriarcal como a brasileira, em que mulheres não administram seus desejos e seus corpos a violência doméstica perpassa preocupante, por ainda hoje organizar as relações de poder na instituição do matrimônio. Em 2006 a Lei Maria da Penha foi instituída como forma de legitimar e coibir a prática dos feminicídios, no entanto, continuam a acontecer - lastimável. Com vistas a compreender as formações discursivas que sustentam os dizeres que legitimam a violência doméstica como possibilidade, com aporte teórico-metodológico da Análise do Discurso de orientação pêcheuxtiana, foram selecionadas duas matérias jornalísticas sobre o assassinato em legítima defesa de um homem, ex-marido de vítima de violência doméstica, em Joinville. A primeira foi veiculada pela RIC TV, na cidade em que ocorreu o assassinato. A segunda foi produzida e transmitida pelo programa Cidade Alerta. Após a análise, observou-se o funcionamento de duas formações discursivas para a legitimação dos dizeres das matérias jornalísticas, sendo que em nenhuma delas a mulher é significada como protagonista de sua própria história. Assim, ainda que tenha fala na reportagem, o espaço a ela reservado é pequeno, o que revela que os dizeres dos sujeitos-jornalistas encontram-se revestidos pela ideologia patriarcal.