Capital social e saúde pública: estratégias para redução das desigualdades em comunidades rurais marginalizadas

Abstract

Este trabalho analisa o papel do capital social como instrumento estratégico para a promoção da saúde e a redução das desigualdades sanitárias em comunidades marginalizadas de áreas rurais remotas, com ênfase nas localidades de Tabajara e Estrela Azul, em Machadinho d'Oeste, Rondônia. Busca-se compreender de que forma redes de apoio, vínculos comunitários e cooperação social podem contribuir para melhorar o acesso à saúde pública nesses territórios tradicionalmente excluídos das políticas universais. A pesquisa adotou abordagem qualitativa, de natureza exclusivamente bibliográfica, e baseou-se na análise de literatura científica nacional e internacional voltada aos determinantes sociais da saúde, capital social e equidade sanitária. Foram identificadas evidências teóricas que indicam o potencial do capital social para influenciar comportamentos saudáveis, ampliar o acesso a serviços de saúde e fortalecer a coesão social em contextos vulneráveis. Apesar disso, observou-se escassez de estudos aplicados ao contexto da Amazônia Legal, o que limita a adaptação das estratégias às particularidades dessas comunidades. Conclui-se que a valorização das redes sociais locais pode potencializar ações em saúde pública e contribuir para políticas mais justas e sensíveis às realidades socioculturais da população rural amazônica. O estudo oferece subsídios teóricos relevantes e destaca a importância de futuras pesquisas.