Almanaque de formação continuada do professor - volume 3

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Data
2022
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Editor
CRV
Resumo
Houve um tempo em que o professor era professor de tudo. Lá atrás na História, professores como Sócrates, Platão e Aristóteles ensinavam de tudo um pouco. Estudavam tudo, sabiam de tudo, falavam de tudo. Conhecimento era conhecimento, uma construção sem fronteiras, sem delimitações, sem barreiras além da nossa própria ignorância. E o professor era a criatura que, embora mortal e humanamente limitada por sua própria condição, vagava por todos esses campos, sem medo de conhecer nem de ensinar em espaços em que cada passo era uma descoberta e em que cada palavra uma realização criativa. Então os tempos mudaram. Depois da atuação de Aristóteles por meio de sua Academia e de suas obras, o conhecimento começou a se afastar do conhecimento. Isso mesmo: eu não errei o texto. É que o conhecimento das Letras (vou usar aqui os nomes modernos das áreas para entendermos melhor a coisa) começou a fugir do da Matemática e este do da Biologia e este, por sua vez, do da Sociologia [...] e, para nossa tristeza, os conhecimentos levaram junto seus estudiosos, que começaram a formar guetos de saber em que os de outras áreas não eram bem-vindos. Criaram-se até ‘estereótipos de sabedores’ e os que sabem das coisas da Letras começaram a ser vistos como se fossem sempre ‘assim-e-assado’ e os que sabem das coisas da Matemática, ‘fritos-e-cozidos’. Deplorável que os círculos de saber, entre eles as Universidades, tenham permitido isso!
Descrição
Produção Científica Grupo de Pesquisa Práticas Discursiva na Amazônia (PDA).
Palavras-chave
Educação. Formação Continuada. Formação do Professor.
Citação
DAMASCENO, Ana Christina de Sousa; LIMA, Jorge Luís de Freitas; AZEVÊDO, Nara Dantas de; JESUS, Sérgio Nunes de. (Orgs.). JESUS, Sérgio Nunes de. (Coord). Almanaque de formação continuada do professor - volume 3. Curitiba: CRV, 2022.