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Navegando Produção Científica por Assunto "Agricultura familiar"
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Item Agricultura familiar e expansão da cana-de-açúcar sobre áreas de culturas anuais no Estado de Goiás a partir da safra 2005/06(2012) Petrini, Maria Angélica; Rocha, Jansle VieiraO etanol derivado da cana-de-açúcar é considerado uma das principais fontes de energia limpa como opção para a mudança da matriz energética do país e do mundo, colaborando para a diminuição do consumo de combustíveis fósseis. No Brasil, o estado de Goiás é uma das frentes de expansão do cultivo da cana para atender à crescente demanda por biocombustíveis. Mas, a expansão da cana-de-açúcar traz consigo a instalação de usinas sucroalcooleiras e, próximo a elas, os canaviais podem ocupar áreas de outras culturas temporárias, incluindo aquelas de agricultura familiar. O sensoriamento remoto é uma importante fonte de informação para se avaliar as rápidas mudanças no uso da terra ocasionadas pela dinâmica da atividade agrícola. Nesse contexto, a hipótese adotada neste trabalho é que através de imagens de satélite e técnicas de geoprocessamento é possível identificar áreas de expansão da cana-deaçúcar sobre áreas destinadas ao cultivo de grãos no estado de Goiás. Além disso, dados referentes à produção familiar vinculada ao PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) podem indicar correlações entre o avanço da cana e essa produção familiar. Assim, o objetivo geral da pesquisa é apontar os municípios onde ocorreu maior expansão da cana-de-açúcar entre as safras 2005/2006 e 2009/2010 e onde houve maior participação da agricultura familiar na produção agrícola, no âmbito do PAA, cuja produção eventualmente tenha sido deslocada pela cana, servindo como subsídio para futuros estudos mais detalhados sobre a produção agrícola familiar nesses municípios. Para tal análise, foram utilizados dados de Produção Agrícola Municipal do IBGE e dados da participação de Goiás no PAA, juntamente com máscaras de grãos e de cana-de-açúcar, ambas disponibilizadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Foram identificados os municípios de Santa Isabel, Iaciara, Maurilândia, Itapaci e Jataí, que demandam outros trabalhos detalhados para se discutir os impactos diretos e indiretos da expansão da cana em Goiás.Item The use of analytic hierarchy process to prioritize public policies for family farming in an area of sugarcane expansion in the microregion of Ceres, Goiás(2016) Petrini, Maria Angélica; Rocha, Jansle VieiraNo Brasil, a produção intensiva e em larga escala do etanol derivado da cana-de-açúcar, baseada em um modelo histórico de concentração de terra e capital, muitas vezes é vista como uma ameaça para a sobrevivência da agricultura familiar. Os agricultores familiares convivem com a crescente pressão para vender ou arrendar suas terras para usinas aonde a monocultura da cana-de-açúcar vem se expandindo. O presente estudo baseia-se em uma pesquisa realizada no município de Ipiranga de Goiás, no estado de Goiás, Brasil, local onde os canaviais competem com cultivo de milho, pastagem e pecuária leiteira. Os objetivos principais são: (1) examinar os impactos socioeconômicos e ambientais na agricultura familiar derivados da expansão da cana-de-açúcar cultivada pelas usinas; (2) aplicar o Método de Análise Hierárquica (AHP), com a participação de stakeholders nas escalas federal, estadual e municipal, para subsidiar as tomadas de decisão em políticas públicas direcionadas para a agricultura familiar a fim de minimizar os impactos negativos da produção de cana-de-açúcar. Utilizando um questionário composto por questões abertas e fechadas, foram entrevistados 28 agricultores familiares, que foram divididos em dois grupos: aqueles com e aqueles sem contratos de arrendamento de terra com a usina sucroalcooleira. Os resultados mostram diferenças entre os grupos, tais como o tamanho médio do lote, a principal fonte de renda, atividades agrícolas atuais e do passado, e as percepções a respeito das vantagens e desvantagens da expansão da cana-de-açúcar. O arrendamento da terra surge como uma solução a curto-prazo para a escassez de mão de obra familiar na propriedade e outras dificuldades econômicas que os agricultores familiares enfrentam continuadamente. Alguns agricultores, entretanto, têm resistido ao arrendamento da terra por várias razões, como o baixo valor devido à sua pequena área, a perda de autonomia na produção e a profunda transformação do seu modo de vida e da paisagem rural ao seu entorno. Em relação aos resultados do método AHP, os stakeholders priorizam os benefícios ambientais e econômicos como os critérios mais importantes que demandam a atenção dos decisores políticos. Além disso, os stakeholders concordam que a diversificação da produção é a alternativa mais apropriada para o fortalecimento da agricultura familiar. O método AHP pode ser o ponto de partida para a formulação e direcionamento das políticas públicas, uma vez que ajuda a garantir a transparência no processo de tomada de decisão e, intencionalmente, inclui o ponto de vista dos agricultores familiares. As políticas públicas derivadas desse processo, portanto, apresentam maior probabilidade de serem aceitas pelos agricultores familiares.