Navegando por Autor "Ferrarezi Junior, Celso"
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Item A construção do boletim de ocorrência sob a perspectiva da filosofia da Linguagem: a questão da subjetividade(Atena, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Damasceno, Ana CrhistinaO presente texto apresenta como uma de suas principais funções elucidar a relevância da linguagem como um fator fulcral na construção e na definição dos sentidos expressos no inquérito policial, mais precisamente no detalhamento e na exposição das provas interpretativas. Em tais documentos, se constatam vinculações e relações de sentido na interface entre linguagem e o respectivo discurso utilizado seja ele direto, indireto ou indireto livre. Foi utilizada a metodologia baseada na revisão bibliográfica e da análise documental, aparecendo diferentes autores do ramo da linguística e sendo que as ideias de Bakhtin e Volóchinov ganham relevo em nossa análise. A pesquisa detém cunho qualitativo. Ao final, apresentamos a relação entre linguagem discursos e a construção de sentidos, bem como a aplicabilidade dessas análises no âmbito do inquérito policial, destacando que a linguagem sempre nasce a partir de uma relação vivencial entre os entes sociais.Item A materialização em boletins de ocorrência: relação entre emergência de sentidos e escolhas lexicais nas práticas de violência doméstica(Cuadernos de Educación y desarrolo, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Azevedo, Nadia Pereira da Silva Gonçalves de; Ferrarezi Junior, CelsoCom a emergência da Lei Maria da Penha, em 2006, fica latente a importância de combater a violência doméstica no âmbito judicial. Para isso, é fundamental a composição de Boletins de Ocorrência (BO) claros no registro da agressão sofrida pela mulher. Entretanto, contradizendo as diretrizes do direito penal, a elaboração desses documentos não está isenta de subjetividade e, portanto, é possível rastrear as marcas do sujeito-escrivão e suas filiações ideológicas a respeito da violência doméstica e da vítima. Esse artigo, então, centra-se na subjetividade da autoridade policial no processo de retextualização do discurso relatado. Para isso, foi observada no campo das escolhas lexicais no ateremos aos verbos selecionados pelo sujeito escrivão na elaboração dos BO, haja vista que o uso dos verbos é um traço linguístico de sua filiação político-ideológica. Utilizou-se a Análise do Discurso Francesa como aporte teórico-metodológico do trabalho e a Teoria das Valências como suporte para sustentação da relevância do verbo enquanto elemento organizador da/de frase do ponto de vista sintático, mas, sobretudo, como um elemento organizador do discurso, foram selecionados três boletins de ocorrência que demonstram três diferentes filiações ideológicas a partir das escolhas lexicais. Observou-se que o uso de verbos pode colaborar para a circulação de sentidos sobre a violência doméstica que a combatam, mas também pode reafirmar significações que desloquem a mulher da posição de vítima e desqualifiquem a agressão sofrida como tal.Item Aplicações da análise do discurso na educação básica: o que fazer, como explicar(Pá de Palavra, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de ; Ferrarezi Junior, Celso; Azevedo, Nadia Pereira da Silva Gonçalves deUma profunda inquietação nos motivou, na posição de organizadores do livro Aplicações da Análise do Discurso na Educação Básica — o que fazer, como explicar… e era como preencher a lacuna existente na relação entre a teoria discursiva e a Educação Básica, ambas muito importantes e relacionadas. De fato, no Brasil, a Análise do Discurso parece matéria unicamente universitária, muitas vezes só abordada na pós-graduação stricto sensu. Porém, sabemos que o instrumental da Análise do Discurso é útil — e, por que não dizer necessário — a qualquer pessoa. Por que não oferecer isso às crianças e adolescentes desde cedo? Por que deixá-las crescer tão ingenuamente em relação aos textos alheios? Teria isso um fundamente ideológico ou era um simples caso de ‘ninguém pensou nisso antes’? É triste constatar que a quase totalidade de nossos professores e alunos de Educação Básica ainda pensam ser o discurso aquela fala que políticos fazem nas tribunas das casas legislativas e os oradores, nas formaturas. Sim, até é isso, mas também é muito mais. E é esse ‘muito mais’ que deveria chegar aos nossos alunos no cotidiano escolar. De qualquer forma, fosse qual fosse o caso, resolvemos organizar a obra e procuramos destacar capítulos que enfatizassem essa abordagem Linguística mais ideológica na interface com a Educação Básica, de modo a apresentar possíveis percursos que facilitassem a compreensão da Análise do Discurso aos professores e pesquisadores da educação e, por conseguinte, que fizessem esse ferramental chegar aos alunos em sala.Item Aspectos ideológicos da linguagem figurativa relativa entre os estereótipos de "homem" e "mulher" no português brasileiro(Editora Atena, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Borges, Maria Cristina Ramos; Ferrarezi Junior, CelsoO artigo pretende, utilizando dados colhidos na cidade de Lins, SP, (1995), mostrar o comportamento ideológico diferenciado entre “homem” e “mulher” ocorrente em discursos cotidianos no Brasil. Na atual condição de parte reacionária da sociedade brasileira, especialmente depois dos quatro anos de governo de extrema direita reacionária de Jair Bolsonaro, tais comportamentos parecem ter-se intensificado, a despeito de queda anterior até por volta de 2019. São atrelados a esse comportamento ideológico calamidades sociais como o aumento irrefreado de casos de feminicídio e de discriminação a mulheres e minorias ligada a questões de gênero. Cumpre ressaltar que o artigo não apresenta nem defende ideologias de cunho feminista, mas se rende a constatações decorrentes de pesquisa de campo.Item Compreender & Comunicar: “o que quer e o que pode essa língua?” - versão aluno(CRV, 2020) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Barbosa, Ingrid Letícia Menezes; Lima, Jorge Luís de Freitas; Azevêdo, Nara Dantas deJá é quase um clichê ouvirmos que as aulas de português no Brasil não dão o resultado esperado, e que nossos alunos, depois de deixar o ensino médio, e mesmo a universidade, têm uma capacidade de leitura, escrita e compreensão de textos muito aquém do esperado. Como é o caso de muitos clichês, essas afirmações são, infelizmente, verdadeiras. O material que você tem em mãos é uma tentativa de contornar esse problema apresentado à língua portuguesa e seu estudo de modo dinâmico, fazendo proveito de modo interessante de conceitos linguísticos conhecidos no meio especializado há décadas, mas que somente muito timidamente conseguem atravessar os muros da academia. Muito desse conhecimento serve para mostrar como estudar uma língua, para além de sua óbvia relevância social, como algo fascinante e que nos constitui como seres humanos.Item Compreender & Comunicar: “o que quer e o que pode essa língua?” – versão professor(CRV, 2020) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Barbosa, Ingrid Letícia Menezes; Lima, Jorge Luís de Freitas Lima; Azevêdo, Nara Dantas deJá é quase um clichê ouvirmos que as aulas de português no Brasil não dão o resultado esperado, e que nossos alunos, depois de deixar o ensino médio, e mesmo a universidade, têm uma capacidade de leitura, escrita e compreensão de textos muito aquém do esperado. Como é o caso de muitos clichês, essas afirmações são, infelizmente, verdadeiras. O material que você tem em mãos é uma tentativa de contornar esse problema apresentado à língua portuguesa e seu estudo de modo dinâmico, fazendo proveito de modo interessante de conceitos linguísticos conhecidos no meio especializado há décadas, mas que somente muito timidamente conseguem atravessar os muros da academia. Muito desse conhecimento serve para mostrar como estudar uma língua, para além de sua óbvia relevância social, como algo fascinante e que nos constitui como seres humanos.Item Da BNCC ao projeto de ações interdisciplinares: (ensino – pesquisa – extensão na educação básica)(Revista Linguística, 2021) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Souza, Elizângela Ataíde deO presente texto se constitui a partir do Projeto e Grupo de Pesquisa Práticas Discursivas na Amazônia – PDA, campus Cacoal-RO. Projeto este que deu um novo olhar às perspectivas no ensino, pesquisa, extensão no Ensino Médio na Região Norte do país, especificamente, no estado de Rondônia, município de Cacoal. Nos anos de 2015-2018 o projeto atendeu um quantitativo de 13.880 alunos de 9 municípios, bem como a colaboração de 77 instituições de ensino; entre elas: a Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ; Universidade Federal de Alfenas-UNIFAL; Universidade Federal do Amazonas-UFAM e Universidade Estadual do Amazonas-UEA e Escolas da Rede Estadual de Ensino de Rondônia e Mato Grosso.Item Discursos silenciados nos boletins de ocorrência: de sujeito falado a sujeito falante nas práticas de violência contra a mulher(2023) Jesus, Sérgio Nunes de; Azevedo, Nadia Pereira da Silva Gonçalves de; Ferrarezi Junior, CelsoA tese é justificada a partir da compreensão linguístico-discursiva nas tomadas de depoimento e suas manifestações com a linguagem que funcionam no fio do discurso. Isto posto, aponta os seguintes questionamentos: de que maneira o processo de discursivização nas tomadas de depoimentos funcionam no limiar da / na interpretação dos / nos Boletim de Ocorrência (BO)? Até que ponto as posições-sujeito são fundamentais para pensar a autoria dos / nos Boletim de Ocorrência (BO)? Por qual o motivo é relevante o estudo dessa temática como contribuição à Análise de Discurso Brasileira em suas diferentes materialidades histórico socio-cultura - via de regra, pela política do silenciamento? Sendo, assim, a presente abordagem teve como objetivo investigar os processos linguístico-discursivos nas práticas de violência contra a mulher por meio das Tomadas de Depoimento nos Boletins de Ocorrência, doravante (BO) ao identificar seus silenciamentos materializados. Neste sentido, verificamos suas marcas linguístico-discursivas; essas a partir das caracterizações das formações imaginárias de sujeito falado a sujeito falante nesse documento. Outrossim, também analisamos de que maneira os sujeitos discursivos (falado / falante) respondem aos interrogatórios em virtude das acusações – esses que contribuem pelas suas condições de produção instauradas nos discursos desses sujeitos – o linguístico (ou relatado) e das formações imaginárias – o discursivo (ou referido) pelas materializações dos silenciamentos instituídos nos Boletins de Ocorrência. Esses apontamentos são necessários à melhor compreensão da teoria da Análise do Discurso Francesa (AD) – quando aponta que os sujeitos são constituídos pela língua(gem). Tais ancoragens podem ser observadas como entrecruzamentos; assim, essa abordagem se coaduna com a nossa perspectiva plural no discurso e suas representações caracterizadas pelos sujeitos falados e falantes no processo linguístico-discursivo na língua material. Assim sendo, é importante ressaltar de que maneira as práticas de violências são manifestadas nos discursos dos sujeitos interpelados e como esses respondem dialeticamente frente às acusações impostas pelos depoentes ante a autoridade policial. Outrossim, trabalhamos a partir da classificação, seleção e análise documental de acordo com as formações imaginárias nos Boletins de Ocorrência na comparação discursiva do sujeito falado para sujeito falante – esses, caracterizados nas materialidades analisadas ao longo da pesquisa. Assim, ainda na mesma perspectiva pecheuxtiana da AD, a língua constitui-se como um sistema – este interligado à História, bem como aos sujeitos falantes e seus objetos contraditórios a partir das suas diferentes formas. Desta maneira, o nosso gesto de interpretação ao corpus dos / nos BO podem ser considerados inovadores e contribuem não apenas para a reflexão social, mas apontam na instância do Aparelho Repressivo do Estado, nesse caso, a Delegacia que a materialidade discursiva faz a diferença nesse processo de instauração do jurídico-linguístico-discursivo como suportes dessas / nessas transcrições que além das suas opacidades fará com que essas manifestações do sujeito e do seu vai-e-vem na linguagem sejam elementos fundamentais nos gestos interpretativos à condenação do agressor ao cometer e ultrapassar os limites da Lei. Logo, entendemos que as transformações do nosso objeto de discurso - o corpus da pesquisa -, estão no fio do discurso nesse processo gestual de interpretação, pois exploramos diretamente a estabilidade e o espaço da língua por meio desses vieses. Assim, perguntamos: Como funcionam os discursos sobre a violência contra a mulher por meio das tomadas de depoimento nos boletins de ocorrência? É nesse sentido que as Ideologias se manifestarão dentro das Práticas e dos Saberes do Aparelho do Estado (a Polícia) que irão interpelar esses sujeitos (maridos, namorados, noivos, amásios etc.) os quais serão investigados perante a autoridade policial.Item Educação: direto ao assunto: nossas mazelas e nossas esperanças(CRV, 2022) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, CelsoPara melhor apreciar a obra de Celso Ferrarezi Jr., considero que é importante compará-la com uma outra de suas paixões: o motociclismo. Para os aficcionados do motociclismo de aventura, de trilha, de pista ou de competição – com a devida segurança associada ao prazer – estar em uma moto é estar ao vento, como extensão de si mesmo. Como escrevera Monteiro Lobato, em História das Invenções, cada coisa que se inventa no mundo por obra humana tem algo de extensão de si. Os motociclistas encaram assim: extensões de si e apreensões do mundo quando rompem o vento ou o que esteja diante deles. Estas apreensões tornam o mundo viável. Tudo o que vem construído nessa intenção, passa a ser o próprio homem. Isto é o que o leitor vai encontrar neste livro.Item Efeitos de sentidos da / na eficácia jurídica: impactos do discurso jurídico-polítio da / na Lei Maria da Penha (Brasil) e violência contra a mulher (USA-VAWA)(Must University, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Benaglia, Anderson Marzinhowski; Ferrarezi Junior, CelsoA presente investigação, amparada em análise jurídica comparada a partir da utilização das leis Maria da Penha (Brasil) e VAWA (USA) – essas, via de regra, com abordagens bibliográficas no Direito Comparado. Aqui também deve ser observada as aplicabilidades das / nas análises interpretativas das leis como suportes materiais-discursivos que sustentam a eficiência e a eficácia dos efeitos de sentidos dos nossos corpus de pesquisa em suas condições de produção interpretadas no âmbito da justiça brasileira e americana. Outrossim, objetivamos que compreender os sentidos das leis que apontam a violência doméstica como materialidade no Brasil e nos USA podem identificar os efeitos de sentidos da / na linguagem jurídica e, por consequência, analisar de igual maneira, que a implementação dessas leis se tornem uma eficácia jurídica na prática. Assim, haja vista que a violência contra a mulher é um problema social, histórico, geográfico, cultural, antropológico que afeta de maneira considerável danos além de físicos – psicológicos e sociais que perduram em nosso cotidiano. Para tanto, temos como questão norteadora o seguinte problema: De que maneira os efeitos de sentidos jurídicos discursivos das Leis Maria da Penha e VAWA são analisadas enquanto eficácia jurídica? Nesse sentido, são debates presentes neste estudo, questões como a eficácia e a eficiência discursiva e jurídica no âmbito interpretativo por meio das relações sociais, ideológicas e da tipologia material da linguagem como suportes nos sentidos estabelecidos nas leis Lei Maria da Penha (Brasil) e VAWA (USA) – de forma que, ao fim, foi possível apontar essas relações fundamentais na pesquisa.Item Figuras e tropos em contextos sociais(CRV, 2022) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, CelsoAo longo dos anos, observamos inúmeras reclamações de estudantes, estudiosos, pesquisadores e também ‘concurseiros’ que se debruçam nos estudos gramaticais – especificamente, nos estudos sobre a ‘estilística da língua’ – e que passam por duas situações diferentes: 1. ou não encontram o conteúdo sobre construções figurativas em um único lugar; ou 2. quando encontram, é em uma linguagem antiga, de difícil compreensão e de ainda mais difícil aplicação ao linguajar cotidiano.Item Ler e gostar de ler: isso é coisa que se aprende(CRV, 2016) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, CelsoQuando um fato é estrondosamente evidente, temos a tendência de não conseguir enxergá-lo. É como colar a cara na parede para ver uma mancha de umidade. Está tão próxima, tão ali, tão “na cara” que não conseguimos ver. Temos que nos afastar um pouco para olhar de novo e, então, enxergar a dita cuja. Há muitas coisas na vida que são assim. Os antigos ditados populares (não tenho visto nenhum “novo ditado” surgindo desde que me conheço por gente...) expressavam verdades desse tipo: tão evidentes que acabamos não enxergando. Um deles dizia que “quem precisa de mudança não segue sempre o mesmo caminho.” Já vi isso aplicado, por exemplo, para um sujeito fumante que estava com problemas respiratórios, mas continuava fumando. Minha mãe, certa vez, disse isso a uma amiga que padecia necessidade, mas se recusava a trabalhar para ajudar o esposo. Coisas da vida que os ditados enfocam tão competentemente.Item Linguagem, discurso, educação: entremeios e leituras(CRV, 2012) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Ocampo, Fabíola FerreiraEstrear como prefaciadora de um livro não é uma tarefa fácil. Contudo, a oportunidade de enveredar por mais uma seara da aprendizagem me permitiu aceitar o desafio e aqui estou ousando apresentar esta obra composta por uma coletânea de textos do professor Celso Ferrarezi Junior, Doutor em Linguística pela UNIR e pós-Doutor em Semântica pela UNICAMP. Em 2009, por ocasião de uma visita que fiz ao município de Guajará-Mirim, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o prof. Ferrarezi e, logo, reconheci um “Indivíduo de Caráter Irrepreensível” (CI). Sua simplicidade em falar da educação e de seus “entremeios” me encantou e passei a ser uma leitora assídua do “Artefato Cultural”. Algumas vezes, cheguei a arriscar comentários dos textos postados e, em um deles, fui brindada com uma de minhas observações.Item Memória e construção da identidade em boletins de ocorrência: interfaces metodológicas entre a semântica de contextos e cenários e os estudos discursivos(UEMA, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Almeida, Alfredo Wagner Berno de; Ferrarezi Junior, CelsoA Semântica de Contextos e Cenários (SCC) oferece uma abordagem inovadora para a análise de textos ao considerar os contextos e cenários em que a comunicação se baseia. Sendo assim, o presente trabalho investiga a aplicação da abordagem citada na análise de boletins de ocorrência (BO) - documentos essenciais para a documentação de eventos criminais e / ou administrativos no sistema judiciário brasileiro. Dessa maneira, nosso objetivo é aplicar a SCC na análise linguístico discursiva e antropológica, identificando como diferentes contextos e cenários influenciam na construção e interpretação desses documentos. A pesquisa adota uma abordagem bibliográfica, revisando literatura relevante sobre a teoria estudada e aplicada aos documentos oficiais de Delegacias de Polícia (especializadas ou não no atendimento à mulher vítima de violência doméstica). A análise se baseia em estudos de caso de BO selecionados, examinando como a semântica molda a narrativa e a percepção dos eventos relatados. Os resultados indicam que a aplicação da abordagem semântica permite uma compreensão mais profunda dos BO - revelando como variáveis eventuais (como o ambiente social, a interação entre os envolvidos e o momento do evento) influenciam a linguagem utilizada e a estrutura narrativa. A análise demonstrou que elementos discursivos e culturais específicos moldam a interpretação e a validade dos boletins. A aplicação da referida teoria na análise de boletins de ocorrência oferece insights valiosos sobre a influência de elementos extralinguísticos na comunicação escrita oficial. Esta abordagem proporciona uma visão mais holística e minuciosa dos eventos registrados, contribuindo de certa forma, para uma compreensão mais precisa e contextualizada dos documentos analisados.Item Pilares da Teoria Dialógica do Discurso: a obra de Valentin Volóchinov (da década de 1920 aos dias atuais)(Pedro & João Editores, 2022) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, CelsoA proposta é a construção de uma obra intitulada Pilares da Teoria Dialógica do Discurso: a obra de Valentin Volóchinov (da década de 1920 aos dias atuais), aplicável a cursos de graduação de Letras, Linguística, Sociologia, Filosofia e Educação (estes últimos, sendo aqueles que possuem disciplinas na área da linguagem, o que está se tornando cada vez mais comum).Item Qual é o problema das gramáticas normativas?(CRV, 2022) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, CelsoEste volume foi idealizado e elaborado especialmente para os professores e professoras de português brasileiro da Educação Básica, assim como para aqueles que, nos cursos de Letras por todo o Brasil, se preparam para a poderosa carreira de docentes de língua materna. Nele, são expostas, de forma sucinta e consistente, algumas das mais importantes questões vinculadas à prática de utilizar as gramáticas normativas como “livro didático” até a construção de conceitos essenciais para a vivência cotidiana de uma sala de aula em que se trabalha a língua materna. As concepções apresentadas neste livro buscam coerência e modernidade, permitindo ao professor em exercício e ao estudante de Letras uma profunda e balizada reflexão sobre sua formação técnica, conceitos e práticas de docência. Assim, se constitui como uma obra que nasce como referencial àqueles que querem fazer de seu ensino de língua materna uma prática, ao mesmo tempo, coerente e eficaz, mas profundamente prazerosa e libertadora.Item Sobre os conceitos de sujeito: algumas implicações nos estudos de linguagem(IV Congresso Brasileiro sobre Alfabetização, Linguagens e Letramentos, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Damasceno, Ana Christina de SousaO presente texto centraliza-se em diversas abordagens linguísticas e psicológicas sobre o sujeito e busca respostas numa perspectiva de olhares múltiplos que se diversificam em sua referenciação teórica. O texto apresenta o sujeito como materialidade na língua[gem], materialidade esta que se manifesta nas diversas funcionalidades da língua. Retoma, por conseguinte, os principais conceitos base sobre o sujeito para verificar em que medida o sujeito materializado no eu discursivo é interpelado pela ideologia e por que razões não se pode considerar que esse sujeito seja plenamente consciente de sua formação, isto pela falta imanente que lhe constitui como essência material na língua[gem], mas nem sempre como essência volitiva da autoria.Item Tamanduá-bandeira(CRV, 2023) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, CelsoA Série Para Conhecer foi criada para que as pessoas, especialmente as crianças, possam conhecer e criar laços de afeto com a fauna, a flora e as lindas paisagens do Brasil. Por meio de imagens fotográficas finamente selecionadas e textos agradáveis e de fácil assimilação, a coleção leva conhecimento essencial às crianças e mostra a elas a necessidade urgente de preservação ambiental em nosso país e, por que não dizer, em todo o mundo.Item The construction of the occurrence report from the perspective of the philosophy of language: the question of subjectivity(Atena, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Damasceno, Ana Christina de SousaItem Violência contra a mulher no telejornalismo: análise discursiva de uma mesma notícia em dois veículos com filiações distintas, mas não tanto...(RE-UNIR Revista, 2024) Jesus, Sérgio Nunes de; Ferrarezi Junior, Celso; Damasceno, Ana Christina de SousaEm uma sociedade patriarcal como a brasileira, em que mulheres não administram seus desejos e seus corpos a violência doméstica perpassa preocupante, por ainda hoje organizar as relações de poder na instituição do matrimônio. Em 2006 a Lei Maria da Penha foi instituída como forma de legitimar e coibir a prática dos feminicídios, no entanto, continuam a acontecer - lastimável. Com vistas a compreender as formações discursivas que sustentam os dizeres que legitimam a violência doméstica como possibilidade, com aporte teórico-metodológico da Análise do Discurso de orientação pêcheuxtiana, foram selecionadas duas matérias jornalísticas sobre o assassinato em legítima defesa de um homem, ex-marido de vítima de violência doméstica, em Joinville. A primeira foi veiculada pela RIC TV, na cidade em que ocorreu o assassinato. A segunda foi produzida e transmitida pelo programa Cidade Alerta. Após a análise, observou-se o funcionamento de duas formações discursivas para a legitimação dos dizeres das matérias jornalísticas, sendo que em nenhuma delas a mulher é significada como protagonista de sua própria história. Assim, ainda que tenha fala na reportagem, o espaço a ela reservado é pequeno, o que revela que os dizeres dos sujeitos-jornalistas encontram-se revestidos pela ideologia patriarcal.