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Navegando Reitoria por Autor "Assis, Andrelize Schabo Ferreira de"
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Item Infidelidade à herança colonial da branquitude: uma jornada rumo à educação escolar antirracista(2024) Assis, Andrelize Schabo Ferreira de; Farias, Kátia Sebastiana Carvalho dos SantosEsta tese está inserida na linha Formação de professores, trabalho docente e práticas pedagógicas na educação básica, do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar – Mestrado e Doutorado Profissional, da Universidade Federal de Rondônia. O objetivo desta pesquisa consiste em problematizar os rastros da branquitude na educação básica, em Porto Velho, visando ao fortalecimento da educação antirracista no contexto escolar, bem como à ampliação do arcabouço teórico acerca da branquitude brasileira. O estudo problematizou a possível interferência da branquitude na maneira que a questão racial é abordada na educação básica, inclusive acarretando a negação da existência do racismo na escola ou o considerando como problema “do outro”. Apresenta as seguintes questões: Como podemos entender a relação entre branquitude e colonialidade na educação em Porto Velho – RO e quais são as implicações para a manutenção da prática racial? Como a branquitude pode interferir na maneira que a questão racial é abordada nas escolas participantes da pesquisa, inclusive acarretando a negação do racismo ou o considerando como problema “do outro”? Como o ato performático da branquitude afeta a educação antirracista? A proposta de escrita terapêutica-desconstrucionista neste trabalho mobiliza a branquitude e a possibilidade de sua desconstrução para que se promova o antirracismo. A pesquisa contou com a participação de professores e equipe pedagógica das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs): Joaquim Vicente Rondon; Maria Francisca de Jesus Gonçalves; Antônio Ferreira da Silva e Nações Unidas. A escolha das escolas ocorreu para abranger as quatro zonas da cidade de Porto Velho (Zonas Sul, Leste, Oeste e Norte, respectivamente), localizada no estado de Rondônia. Considerando as quatro escolas, temos um total de 32 participantes, além de um participante da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Profa. Dra. Kátia Farias, perfazendo um total de 34 participantes na pesquisa. A abordagem teórico-metodológica assumida nesta pesquisa fundamenta-se nos jogos de linguagem e terapia filosófica de Ludwig Wittgenstein; na desconstrução de Jacques Derrida; e na terapia gramatical-desconstrucionista como uma atitude pós-estruturalista de pesquisa e escrita acadêmica em educação a partir de Antonio Miguel. Essa entrada teórico-metodológica possibilitou a desestabilização de hierarquias, abalando a estrutura tradicional violenta e excludente e mobilizando para a pesquisa momentos de ressignificações de práticas escolares. O estudo realizado apontou que a postura acrítica da branquitude brasileira na escola atua como um dos pilares de perpetuação da dificuldade de identificação de indivíduos brancos na relação com a problemática do racismo e dificulta a implementação dos normativos legais e de ações antirracistas nas escolas. A pesquisa contribuiu com este campo de estudo ao apresentar um produto educacional voltado ao reconhecimento da responsabilidade da branquitude na construção de uma educação antirracista como projeto contínuo na escola. Esse recurso apresenta como conduzimos nossos encontros formativos, buscando afastar a compreensão de raça como hostilidade. Em vez disso, promovemos a abertura para a desconstrução e o entendimento do antirracismo como assunto que não deve ser temido nas escolas.